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| Foto: José Alfredo Almeida |
Não esquecerei aquela tarde
mordendo uma a uma as tuas uvas
quem acendia
um favo azul nos teus ombros
como explicar o teu pudor
voando de árvore em árvore
o gomo da tarde abria
a linha quente dos teus lábios
e o mosto começa a descer
lento de assíduas abelhas.
António Cabral

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