sexta-feira, 31 de julho de 2015

Prazeres do verão reguense

Foto: josé alfredo almeida


Régua, Jardins do Museu do Douro: 28 de Julho, fim da tarde de calor.

Ver os comboios

Foto: josé alfredo almeida


Régua, Cais da Estação da Régua: uma vista  do belo e bom restaurante Castas e Pratos para os comboios parados no tempo da  linha do Corgo que foi  recentemente fechada.
É um património que se perde e mete pena ver assim abandonado.

Lua azul

Foto: josé alfredo almeida

Pontes da Régua-217


Foto: josé alfredo almeida

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Quero-te assim

Foto: josé alfredo almeida


Quero-te assim.
Com as pernas que nunca tive
para te seguir
e todos os dedos que fui
amputando, do lado do coração,
em castigo por não te saber tocar.

Assim, de cabeça finalmente perdida
para te explicar apenas
o essencial -


não há palavras
suficientes a este amor.
E um poema, mesmo de pedra,
também passa, a menos que
te ganhe para sempre os olhos.



Inês Dias

Pontes da Régua-216

Foto: josé alfredo almeida

Barco na paisagem-20

Foto: josé alfredo almeida

Verão duriense


Foto: josé alfredo almeida

Corações ao sol

Foto: josé alfredo almeida

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Descer o rio

Foto: josé alfredo Almeida

Régua, hoje às 17.30 horas




Corre, caudal sagrado,
Na dura gratidão dos homens e dos montes!


Miguel Torga

Vista do passado


Pontes da Régua-215

Foto:josé alfredo amleida

Sombras do passado

Foto: josé alfredo almeida



 Caldas  do Moledo, manhã de  Junho de 2015

O meu Moledo-90



   Caldas do Moledo, Sala de Jantar  do Hotel das Termas

Junto ao rio

Foto: josé alfredo almeida

terça-feira, 28 de julho de 2015

Caminho bom

Foto: josé alfredo almeida



Sê sempre tu
ainda que de ti nada haja hoje
Sê sempre tu
não sabes nada do caminho de amanha
E se nesse caminho encontrares um outro eu
foste tu que o encontrou
valeu a pena o trajecto

Dúlia Soares

Pontes da Régua-214

Foto: josé alfredo almeida

Pontes da Régua-213

Foto:  josé alfredo almeida

Não me acordem!


Foto: josé alfredo almeida

                                                         
Da casa ele é o génio

que o telhado retém

e o ardor das paredes

impede que se extinga.


Recôndita pupila

o que não vemos

a ilumina


Por nós abandonaste

a impulsiva selva

e do teu sono ofereces

a inconsútil relva

para que em teu abandono

achemos o amor

que em ti não procuramos.


Natália Correia

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Tudo recomeça

Foto: jose alfredo almeida

  A luz da Régua, em junho



Estar contigo ao acordar, ver como
se abrem as tuas pálpebras, cortinas
corridas sobre o sonho, sacudir dos
teus lábios o silêncio da noite para
que um primeiro riso me traga o dia:

assim, amor, reconheço a vida que
entra contigo pela casa, escancara
janelas e portas, deixa ouvir os pássaros
e o vento fresco da manhã, até que voltas
para junto de mim, e tudo recomeça.


Nuno Júdice

Pontes da Régua-212

Foto: josé alfredo almeida

Pontes da Régua-211

Foto: josé alfredo almeida 

Ciclo da vinha-18

Foto: josé alfredo almeida


                    Régua, Julho

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Cão com sorte






Visto o cão por um mendigo                                            Visto o cão por pinga-amor
em casa de bom patrão,                                                   nos braços de jovem bela,
fá-lo dizer lá consigo:                                                        fá-lo dizer com rancor:
-Ai quem me dera ser cão!                                              - Ai quem me dera essa trela!



António Aleixo                                                               Hercília Agarez, 23 de Julho de 2015


Fazer fitas

Foto: josé alfredo almeida


Roubaste meu cadeirão
só porque te neguei colo:
vingança felina.


19.7.2015
M. Hercília Agarez

Barco na paisagem-19

Foto: josé alfredo almeida

Esplanada

Foto: josé alfredo almeida

Pontes da Régua-209

Foto: josé alfredo almeida

quinta-feira, 23 de julho de 2015

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Pontes da Régua-207

Foto: josé alfredo almeida

O rio das sombras

Foto: josé alfredo almeida






Talvez digas um dia o que me queres,
Talvez não queiras afinal dizê-lo,
Talvez passes a mão no meu cabelo,
Talvez eu pense em ti talvez me esperes.
Talvez, sendo isto assim, fosse melhor
Falhar-se o nosso encontro por um triz
Talvez não me afagasses como eu quis,
Talvez não nos soubéssemos de cor.

Vasco Graça Moura

Bravio

Foto: josé alfredo almeida

Bailado

Foto: josé alfredo almeida




Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...


Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar! 
Pobre vida que toda depende
De um sorriso.. de um gesto.. um olhar...

Mario Quintana

Pontes da Régua-206


terça-feira, 21 de julho de 2015

Do outro lado da cerca

Foto: josé  alfredo almeida


Onde sempre me esperavas.
Corríamos de mão dada para viver,
a verdade.
Cada cheiro,
cada flor,
os primeiros frutos.
A amendoeira em flor.
Os teus olhos eram verdes sem o serem,
de tanto olhares o rio,
os meus, brancos,
cega por ti.

Se alguém escutar o respirar da terra,
ainda ouvirá o ritmo do nosso coração
a bater que nem doido, por todo esse espaço até ao rio.
Se fecharem os olhos,
ouvirão risos como cânticos.
Água cristalina na pureza das promessas.

Ana de Melo

Pontes da Régua-205

Foto: josé alfredo almeida

Barco na paisagem-18

Foto: josé alfredo almeida

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Pontes da Régua-204

Foto: josé alfredo almeida

Casa Viúva Lopes

Foto: josé alfredo almeida


Esta é uma casa simbólica da Régua e um  digno exemplo do dinamismo  comercial  de uma terra que nasceu e cresceu  como se  fosse toda ela  uma grande  balcão de negócios.
Esta  casa marcou um tempo e várias  famílias e gerações.
Esta casa  faz parte  história na Régua  e dos seus Bombeiros  que não esquecem o  incêndio que a  destruiu e  roubou a vida a um jovem bombeiro de 33 anos, o João Figueiredo,  mais conhecido por João dos Óculos.
Muitos reguenses devem  lembrar-se  desta casa e dela  ter uma recordação viva para contar aos seus amigos e descendentes.
Pode dizer-se que  muitas décadas  antes de aparecerem as superfícies comercias, a Régua teve aqui aberto ao público o grande  e moderno supermercado  que todo vendeu e  alcançou  fama e  grande sucesso comercial.
Esta casa era  conhecida como a Casa VIÚVA LOPES. 
Ela conseguiu  sobreviver  ao fatídico  incêndio de Agosto de 1953, mas  não às mudanças do tempo e  às novas  regras do monopólio comercial .
Mas, acabou por desaparecer  no nosso tempo, no século XX, mas com uma história cheia de acontecimentos  e memórias. Pena que é que  o comércio reguense não tenha sido  capaz de escrever para além do registo do deve e haver.

Toca o sino

Foto: josé alfredo almeida

Pontes da Régua-203

Foto: josé alffedo almeida


Régua, anoitecer de Julho

Gata de olhos azuis

Foto: josé alfredo almeida




Gata de olhos azuis,
roubo do teu olhar aquoso
uma paz que  me faz falta.



Hercília Agarez in As Asas da Libelinha