| Branca Martinho |
Lembro-me dos meus tempos de rapazote de trazer no meu espírito a figura da benemérita D. Branca Martinho como uma figura distinta da sociedade reguense, que me fazia respeitá-la de maneira diferente em relação a outra pessoas. E eu não era mais do que dos muitos reguenses que nutríamos por esta ilustre Senhora uma natural estima. Quando lhe fizeram uma homenagearam tive a certeza de que se tratou de um acto de reconhecimento por quem sempre se dedicou com um interesse especial pelas coisas da Régua, orientando-se pelas directrizes que lhe vinham do coração e onde os necessitados e os mais infelizes encontraram sempre abrigo, o que a Senhora fazia sempre com a maior naturalidade.
A Senhora D. Branca Martinho foi a mulher da minha terra que mais respeitei. A sua acção foi muito abrangente, encabeçando as tarefas mais trabalhosas e as menos habituais. Do meu tempo, lembro especialmente a organização do grupo cénico "As Andorinhas", que obteve um grande êxito, e cujas receitas reverteram para os bombeiros.
Era, realmente, uma figura rara, que todos estimava com muito respeito, um verdadeiro exemplo de cidadania.
Abeilard Henriques Vilela
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