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| Foto: josé alfredo almeida |
Bem bonita era a Regoa,
Se não tivesse dois erros:
Passeada de vareiros,
Ladrilha de Galegos...
O escritor João de Araújo Correia, num interessante texto publicado na Revista do Norte, quanto a estas quadras populares escreveu o seguinte:"Ladrilhada quer dizer revestida de ladrilhos. Se a imaginação poética, no uso de liberdade legítima, pega em galegos numerosíssimos e pavimenta com eles uma vila, confundindo-os ladrilhos, não é necessário outro pensar para compreender a quadrinha."
E o seu filho Camilo de Araújo Correia , no seu magnífico opúsculo " Na Rota do Sal", esclarece-nos com todo um rigor histórico e um enorme rasgo de afectividade quando e como surgiram os galegos na Régua: "Com a fundação da Companhia, em 1756, a Régua estremeceu de futuro. O Marquês, ao fomentar o plantio da vinha e ao abrir e disciplinar o comércio do vinho, apontou à Régua um progresso até aí nunca aproveitado, apesar de uma privilegiada situação geográfica.
De noite para o dia, a Régua transformou-se no centro nevrálgico de uma agricultura e comércio bafejados por um futuro promissor. Houve,o que se pode dizer, uma corrida ao Douro, particularmente à Régua, sua espontânea capital. Acorreu gente de perto e de longe. De longe acorreram galegos e vareiros."
Por isso, hoje se diz, que nas veias dos reguenses ou corre uma pinga de sangue vareiro ou corre o sangue galego que prosperou nos negócios do comércio do vinho fino.
José Alfredo Almeida
José Alfredo Almeida

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