"Cada um na tua terra deverá fazer tudo o que seja para o bem da humanidade"
Antónia Adelaide Ferreira (Julho,1885)
"Vida singular, como mulher, D. Antónia a viveu de uma forma diferente das mulheres do seu tempo.
Vida singular porque foi uma vida única. Mas, sobretudo, vida singular porque D. Antónia soube afirmar-se como mulher.
A sua vida pautou-se pelo desejo de ser e esforço de existir, como ser humano, como filha, como mãe, como empresária.
A sua acção inscreveu-se mais no campo da prática económica, do que na luta política ou cultural, singularizando-se em relação às mulheres da sua época.
Proprietária, gestora das suas quintas, esteve atenta a todas as iniciativas que pudessem sustentar a empresa. No Douro e no Portugal Liberal a importância da sua actuação foi fundamental para a internacionalização do comércio dos vinhos da Região. O seu percurso rompeu com o mito do eterno feminino, frágil e dependente do sexo oposto, transformando-se ela própria no mito do Douro, como força propulsora do crescimento económico de uma região."
Texto retirado do catálogo de apresentação da exposição da comemoração do 2º Centenário do nascimento de D. Antónia, que foi realizada no Museu do Douro .
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