sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A Menina do Rio




O rio da minha infância
É sempre meu companheiro.
Não há tempo nem distância
Que façam dele estrangeiro.

Nele está o meu começo
Entre montes feitos vinha.
Sempre que a ele regresso
Já não me sinto sozinha.

As pontes que o atravessam
Miram-se, vaidosas, nas águas.
Por elas barcos navegam
Em gincana com as fráguas.

Juntos seguimos os dois
Rumo a uma foz distante.
A dele, no mar murmurante,
A minha, no sem depois.


Ana Ribeiro

1 comentário:

  1. A foto, sem dúvida, um relíquia a preservar!
    Que o "rio da nossa infância" nos acompanhe para todo o sempre, ainda que algum dia, dele, tenhamos que dizer adeus...

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