quarta-feira, 2 de abril de 2014

Porque é o tempo delas

Foto: josé alfredo almeida


   Fora do escuro dos ninhos,
   As andorinhas entregam-se ao sol
   Num arraial de liberdade.

  Tontas de infinito,
  Fazem do céu recreio.
  Despem-se dos corpos,
  Agitam os ares,
  Dão bicadas no silêncio,
  Namoram o azul
  Num ballet
  Sem ensaio prévio.

   Em baixo, a terra assiste
   E celebra em verde a vida que sobre si voa.

   Ana Ribeiro

1 comentário:

  1. Nada como as andorinhas para celebrar a liberdade, numa resistência travestida de fragilidade.
    Lindas, livres.

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