terça-feira, 19 de julho de 2016

Sílabas do silêncio

Foto: josé alfredo almeida






Ouço correr a noite pelos sulcos
do rosto – dir-se-ia que me chama,
que subitamente me acaricia,
a mim, que nem sequer sei ainda
como juntar as sílabas do silêncio
e sobre elas adormecer.




Eugénio de Andrade

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