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Foto:josé alfredo almeida |
Primeiro os pobres
fizeram o Douro vinhateiro. Vieram mesmo galegos para a construção dos
socalcos. Ferros, pás, enxadas. Suor e lágrimas. Esforços sobre-humanos. E do
informe nasceram degraus. Da terra brotaram as videiras. Generosas e
obedientes, enchem-se de frutos. Que, como já no tempo dos romanos, se desfazem
em sumo embriagador.
Douro hoje. A
beleza no superlativo. A conjugação perfeita dos elementos: a terra, em geios
traçados à revelia de régua e esquadro, o rio submisso, na sua missão de
transportes outros. Dos rabelos de arrais amarrotados aos comandantes brancos de
barcos panorâmicos.
O Douro do turismo.
Dos pobres aos ricos. Dos cardenhos dos fazedores de uma região única às
quintas e hotéis de charme. Requinte e luxo para gozar um belo ver, um bom
comer e um, ainda melhor, beber.
A mesa não esperava
a visita do fotógrafo. Um cálice do fino deveria esperar o feliz usufruidor de
tão apetecível assento...
Vila Real, 21 de Julho de 2016
M. Hercília Agarez
Terra .."bruta"
ResponderEliminarSuor ..lágrimas..e MUITO AMOR...
DOURO...DOURO...!!!
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