quinta-feira, 7 de junho de 2018

L'importante c'est la rose

Foto: josé alfredo almeida


    Neste reino de verdura fértil elas são princesas, as rosas. Pintalgam margens numa gama de tonalidades suaves. Do botão recatado e promissor à fluorescência exuberante, passando por desabrochamentos anunciados. Caídas as suas pétalas efémeras, logo são rendidas, em ritmo regular, garantindo, assim, um contínuo esplendor que só a chegada do Inverno tem força para interromper.
    Rosas-sorrisos estimulam o desenvolvimento das vinhas verdes, contrapondo-lhes uma pluralidade cromática. E prometem-lhes aguardar o amadurecimento das uvas. E fazem questão de testemunhar a zerichia festiva das vindimas. Entretanto, vão respirando aromas míticos. Chegarão eles ao rio?
    
    Rosas. Brindes da natureza oferecidos a fãs da beleza natural. Exemplificam a perícia da perfeição total, inultrapassável. Simbolizam o amor, o coração,  a alma. Lembram-nos o regaço da Rainha Santa Isabel que as escolheu, entre tantas outras flores, no conhecido milagre.
  
  Rosas no Douro. Rosas do Douro. Nem só vinho bebe o homem...




* Título de canção de Gilbert Bécaud também interpretada por Amália Rodrigues


M. Hercília Agarez 
Vila Real, 07 de Junho

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