quinta-feira, 20 de março de 2014

Curiosidades Rabelas


Vista geral da Regoa em 1865


Curiosidades rabelas, isto é, curiosidades reguenses. Toda a gente sabe, ou sabia outrora que os naturais da Régua se chamavam rabelos. Hoje, não sei...Com a perda dos barcos do mesmo nome, terão perdido a inocente alcunha.
Em 1758, a Régua, junto ao rio Douro, era uma aldeia de trinta moradores - todos comerciantes de pão, sal, vinho azeite e peixe seco. Vareiros no caso?É crivel que sim.. É crivel que Ovar, já em 1758, depois da fundação da Companhia pelo Marquês de Pombal, tivesse começado a povoar a Régua.
Em 1758, a freguesia de S. Faustino, correspondente à actual freguesia do Peso da Régua, contava apenas oitocentos habitantes, distribuidos por duzentas e quarenta  moradias.
Em 1758, a então freguesia de S. Faustino pertencia ao concelho do Peso da Régua..
Bem pequenino deveria ser esse concelho, que só em 1853 foi enriquecido com as freguesias do extinto concelho de Canelas.
Em 1758, não havia notícia de terem florescido homens insignes na freguesia de S. Faustino da Régua.
Em 1758, andava a construir-se a actual igreja matriz do Peso da Régua. Já existia, no lugar onde fora situada a velha igreja, a actual capela do Cruzeiro, com irmandade de Nosso Senhor da Agonia.
Em 1758, o termo da freguesia era, como hoje, muito limitado. Pertencia-lhe a aldeia de Remostias, do concelho de Penaguião, com seis moradores, e, a seus pés, como dissemos, a aldeia da Régua.
Em 1758, a nossa freguesia de S. Faustino colhia, em grande abundância, vinho especial de embarque, vinho de benefício, generoso e fino como agora se diria. Pão, muito pouco; algum azeite e frutas para o gasto da terra.
Tinha muitas capelas, em 1758, a freguesia de S. Faustino, cujo território é o da vila actual. Algumas, poucas, desapareceram, como aconteceu à de Nossa Senhora da Conceição, na aldea da Regoa, e vai acontecer  se lhe não acudirem, à das Fontainhas.
Colhi estas notas de uma fotocópia de velho manuscrito existente na Torre do Tombo, com a data de 2 de Março de 1758. Bem haja quem ma ofereceu.

João de Araújo Correia in jornal  O Arrais, de 3 de Abril de 1980

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