quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Confissão

Foto: josé alfredo almeida


Aqui, diante de mim
eu, pecador, me confesso
de ser assim como sou.
Meu confesso o bom e o mau (...)

Me confesso
possesso
de virtudes teologais,
que são três
e dos pecados mortais,
que são sete (...)

Me confesso
o dono das minhas horas(..)
Me confesso de Abel e de Caim

Me confesso de ser Homem. (...)

Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
para dizer que sou eu
aqui, diante de mim

Miguel Torga

1 comentário:

  1. Um lindo poema, com" alma", verdadeiramente Torguiana..
    A paisagem , condiz na perfeição !
    Delicioso, mesmo!

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