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| Foto:josé alfredo almeida |
Silvestres ou civilizadas. Trepadoras arrojadas ou de caules obedientes. Aromas semelhantes, cores e
tonalidades variegadas. Da pureza do branco de inocentes vestidos de baptizados
e de comunhões femininas - não esquecendo a opção nupcial sempre na moda- à
excepcionalidade aveludada do púrpura e do roxo.
Rosas vermelhas são caso à parte.
Cheiram a amor, falam a linguagem macia, quente, melodiosa, da paixão, São a
voz de quantos, por timidez, confiam nas mensageiras palavras que só lhes
ocorreriam com insegurança gaguejada.
E é bonito, no dia dos namorados,
ver jovens de barba a desabrochar, empunhando um presente tão singelo como
expressivo. Apetece usar um paradoxo em voga: um silêncio eloquente.
Há mulheres que aguardam
impacientemente dias de efemérides, afectivas para receberem uma jóia a
acrescentar à colecção. É relativo, o valor das ofertas. Um ramo de rosas
vermelhas com que o marido entra em casa em dia de aniversário de casamento,
não será mais precioso do que o último sucesso da Cartier a compensar o
esquecimento que a esposa, envinagrada, lhe faz sentir com cara de poucos
amores?...
Vila Real, 5 de Outubro de 2018

Rosa vermelha em botão.
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