- Ó Terezinha,
estão a tirar-nos uma chapa! E não é por via de mim! Esconda a vassoira, não
vão por aí dizer que a pomos a trabalhar! Muito gosta a menina de estar na quinta! É por mor da vindima, bem no sei.
Acha graça àquela zerechia e aos descantes das moçoilas. E não é que tem jeito
para o corte? Até parece que lhe nasceram os dentes entre as vinhas! E não se
dá de esfolar as mãos mimosas. Olhe, há tempo (tinha a minha Inácia um anito),
apareceu por aqui uma fedúncia do Porto, filha duns amigos dos patrões, que os
pais empontaram para a afastar dum fatinário que não tinha onde cair morto.
Pois vai-se a ver o engrojo enrabixou-se pelo Tino do Feitor e ia no encalço
dele como cadela com cio. A Mercedes
percebeu a estrangeirinha e só lhe não foi aos fagotes porque a comadre Jaquina
se meteu de permeio. Desculpe, menina, estou para aqui a enzoeirá-la com esta
prosa e nem me lembro que são horas da merenda. A Terezinha quer o pão com
presunto ou antes profere salpicão?
M. Hercília Agarez
Vila Real, 16 de Outubro, 2018
..A originalidade ..na prosa ..
ResponderEliminarE a "veracidade " curiosa ..das palavras...Da "JAQUINA " ..pois ..
ORA aqui me vejo ..numa leitura .."entusiasmante .."!!
..OBRIGADA SRA DRA . HERCILÍA ...
Obrigada meu amigo DR JOSÉ ALFREDO...
Conversa de pátio, com cão dormindo.
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