terça-feira, 25 de novembro de 2014

Nuvens perdidas

Foto: josé alfredo almeida

E tudo se desfaz em pó,
em nada.
Como se o ontem não tivesse existido.

Não há memória da ternura,
não me lembro sequer
o quanto te amei.

Quero sim a distância,
o fim deste nada.

Dos silêncios pesados.

Das minhas mãos crispadas.

Não me lembro de nada.
Só desta ausência,
de me sentir cheia de nada.

Absolutamente nada.


Ana de Melo

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