sábado, 31 de dezembro de 2016

Teia

Foto:josé alfredo almeida



Saltei o muro, cortei o arame, rasguei a teia. 

corri sempre contra a luz.

Soube de cor a que ritmo respirava.

Rezei, sem saber de onde vinha uma fé até ali desconhecida. 

Mergulhei no mar escuro sem lua, 

saí nu.

Segui a direcção que os meus passos me ditaram. 

Vi-te, surpreendentemente iluminada.

Bebi o teu silêncio.

Matei a minha sede no teu beijo.

Amei-te.


Ana de Melo

2 comentários:

  1. Lindo poema de amor.
    Votos de um bom 2017 para quem faz este
    blogue.

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  2. ...Ana de Melo....tão belo poema...
    tão ..maravilhosamente ...BELO !!!

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