terça-feira, 29 de março de 2016

Rio de emoções

Foto: josé alfredo almeida



Aqui, volto sempre.
Na corrente deste rio que habita em mim. 
De oiro e prata. 
Que conta histórias de coragem
 e de luta pelo pão. 
 De águas barrentas e rostos de sal, 
 de silêncios pesados e noites sem fim. 

Aqui, onde a Lua se retrata, 
na corrente da memória eu volto sempre. 
Mesmo que ninguém saiba de mim, 
eu volto, para resgatá-lo.

Este rio 
 habita em mim, corre em mim.

Até ser mar.

Ana de Melo

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