sábado, 22 de outubro de 2016

Epistolografia de Camilo de Araújo Correia





" A inveja que eu tinha a esta capacidade numa simples frase nos deixar um aceno de bonnomia e humor!"

A. M. Pires Cabral


Gostava de aqui publicar outras cartas do médico e escritor Camilo de Araújo Correia.Quem as tiver, faça o favor de as enviar para esta minha "morada"(patriapequena@gmail.com) e eu terei todo o gosto de as coleccionar e revelar, pela primeira vez, publicamente.
Esta é uma  primeira sua carta,  talvez de muitas que por aí andam perdidas ou arrumadas em caixas de memórias antigas. Esta carta, como tantas outras, podia ser uma  daquelas ele escreveu a muitos de nós, quer na pele de amigos, quer de seus fiéis leitores das suas crónicas no jornal "O Arrais" ou dos seus livros contos e memórias de estudante de Coimbra, quer ainda de  pacientes  de um consulta ainda no tempo  fazia clínica e urgências no seu velho "Tio Luís" ou tão simplesmente que aconteceram por um encontro feliz e inesperado, como uma simples visita a uma escola para falar de cultura, de livros e escritores que admirava, com o seu pai, o que Camilo fez, como muito gosto, várias vezes na sua vida. 
É caso desta magnífica  carta que enviou em 24-3-90 à Senhora D. Maria Otília de Figueiredo (ainda viva e de boa saúde) que, naquele tempo, era  a professora e directora da Escola Primária de Mouramorta.
Vale a pena ler esta peróla de escrita,  toda ela  arte fina trabalhada com palavras requintadas e um humor elegante, para  também entender a simplicidade, humildade e  generosidade de um cidadão bom que, a  dispensar  o agradecimento  de visita a uma escola, expressava ser um dever: "limitei-me a estar aí, ombro a ombro, a distribuir migalhas de cultura, muito geral, fáceis de encontrar na sacola de qualquer sexagenário."

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