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Foto:josé alfredo almeida |
sexta-feira, 29 de abril de 2016
quinta-feira, 28 de abril de 2016
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Navegando no Douro
O rio Douro vai correndo para o mar imponente e deslumbrante. As suas águas límpidas e cristalinas vão apressadamente rumo à foz. Quem faz o percurso de barco Régua – Porto ou então Porto – Régua, pode apreciar os encantos destes locais paradisíacos. Ou subindo o rio, ou descendo-o, não podemos ficar indiferentes a tanta beleza! Passando em Ribadouro onde a paisagem é realmente encantadora, e se avista O Douro Royal Valley hotel, empreendimento turístico de grande relevância, ou subindo em direção a Porto Antigo, ou a Aregos, ficamos deslumbrados!
Prosseguindo viagem, avistamos a estação de Aregos, onde Eça de Queirós um dia saiu e subiu até Tormes, fazendo o”caminho de Jacinto,” actualmente muito divulgado, entre veredas sinuosas, respirando uma brisa pura, fresca e agradável e contemplando uma paisagem lindíssima. Já se pode ver o “Hotel Douro Palace”. Este grandioso projeto, permitiu que os barcos pudessem os atracar junto à estação de Aregos.
Continuando a subir o rio e tendo como destino a Régua, chegamos à Ermida, estação risonha e acolhedora, ouvimos o barulho do comboio, olhamos para a ponte e fazemos uma pausa , vamos almoçar ao restaurante junto ao Douro, onde podemos saborear as delícias da gastronomia tradicional. Andando mais um pouco, estamos já em Porto de Rei, recanto paradisíaco, que dá gosto visitar.
Mas já se faz tarde, o tempo passou rapidamente e a Régua espera-nos de braços abertos, ostentando a sua beleza incomensurável, entre vinhedos verdejantes e águas cristalinas. No final do percurso, que tal um cálice do vinho do Porto para “aquecer a alma” dos apreciadores de tão valioso néctar? Ora aceite o meu convite, venha visitar estas regiões ribeirinhas numa viagem inesquecível e de certeza que não se vai arrepender.
Texto e fotos: Arminda Maria
Carvalho de Oliveira Martins
Lemos
Fazer História
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Foto Marius (Vila Real) |
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"Nasci na Régua - o meu pequeno mundo da infância"
Rui Machado
Com a presença do Corpo de Bombeiros Voluntários da Régua, trajados a rigor com uma impecável farda de gala, esta fotografia fixa a cerimónia da posse do Presidente da Câmara da Régua, Dr. Rui Machado: 26-02-1962.
Nos anos 60, este jovem médico reguense fez, à frente dos destinos da autarquia, uma parte da História da Régua que era necessário contar e urgentemente guardar para que as gerações gerações vindouras conheçam melhor a terra onde nasceram e vivem.
Cidadão apaixonado pela sua terra, activamente empenhando socialmente, independentemente da ideologia de direita que professava, exerceu activamente clínica médica, dedicado adepto das cores do Sport Clube da Régua e grande defensor e divulgador da beleza e das águas milagrosas das termas das Caldas do Moledo, tem o seu nome ligado à construção do nosso Mercado Municipal - hoje baptizado com o seu nome - mas, para sabermos mais do seu tempo e da sua acção como político e autarca, merecia que imortalizassem o numa pequena biografia. Para que fosse lembrada a vida de um homem invulgar e o seu longo percurso como um figura pública local influente que, à sua maneira, marcou o passado da Régua, sua terra natal, a que ele em afectuosas palavras confessou ser o seu "pequeno mundo da infância".
José Alfredo Almeida
terça-feira, 26 de abril de 2016
segunda-feira, 25 de abril de 2016
25 Abril
"Não é claro que vamos ter mais dinheiro, mas podemos ter uma sociedade mais equilibrada.
"Mas tenho a certeza que. se fizéssemos um referendo e perguntássemos se as pessoas concordam que o Estado continue a gastar uma verba substancial para ter um Serviço Nacional de Saúde, uma escola pública, não tenho dúvidas que ganharia o sim."
Prof. Joaquim Gomes Cantinho, in jornal "Público" de 25 de Abril de 2016
domingo, 24 de abril de 2016
E tudo o tempo mudou...
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Mercearia Grande Ponte |
Mercearia. Um senhor aprumado dá-lhe dignidade. Parece um galã de cinema que Hollywood ignorou. Para bem das sopeiras, sempre à espera de um piropo dentro das normas da decência. São, talvez, as principais frequentadoras. Com as suas fardas servis, munidas da lista que a patroa lhes meteu nas mãos com a recomendação de irem num pé e virem noutro, todas se regalam com aquele passeio de liberdade não isento de um ocasional encontro com o conversado. O merceeiro regista no caderno as compras avulsas, não incluídas nas do mês, pesadas, que marçano lépido entrega nas casas com mãos de esperar gorjeta. Às vezes fazia falta uma reprodução daquela estatueta do Zé Povinho a fazer um manguito e a dizer: "Se queres fiado, toma"!
Mercearia. Tempo dos cartuchos em papel pardo, de todos os tamanhos: para o arroz, a massa, a farinha, o café. Pesados naquela elegante balança decimal que nunca roubou um grama ao freguês... Cartuchos multiusos. Desde o chupar dos excessos de óleo dos fritos, até ao uso terapêutico (com água e açúcar) de dar liberdade aos "galos" da miunçalha.
Mercearia. Escondido, por inestético, o bacalhau, com fama a dispensar a exposição do corpo nu. Bolachas Paupério. Nacionais, claro. Acomodadas com aquela palhinha em papel fino. Ai o sabor inesquecível das de baunilha! Latas de conservas, iguarias de emergência. Peixes da nossa costa. Chocolates e rebuçados com direito a montras e a frascos de vidro a meterem-se pelos olhos dentro. Rebuçados de tostão, de recheio, caramelos quadrados de pratas coloridas. Suplícios de Tântalo, para a canalha.
Mercearia. Local de venda de bens de primeira necessidade. Comércio honesto. Sem publicidade nem promoções. Sem prazos de validade. Sem gatos por lebres. Passou de moda. Resta uma ou outra como peça de museu para turista fotografar.
Está deslocado, o detergente. Mas compreende-se. Commerce oblige. E o Tide até tinha novela radiofónica...
M. Hercília Agarez
sexta-feira, 22 de abril de 2016
quinta-feira, 21 de abril de 2016
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Primavera no rio
terça-feira, 19 de abril de 2016
Pontes da Régua-565
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Foto: josé alfredo almeida |
Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem número, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio, mas isso te custaria a tua própria pessoa: tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Aonde leva? Não perguntes, siga-o!
Friedrich Nietzsche
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(Re)Conhecer a Régua-255
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Foto: António Lourenço |
Em 1955, a Régua tinha o Hospital D. Luiz I.- aqui nasceram muitos de nós e aqui muitas vidas se salvaram.
Em 2016, A Régua tem este mesmo hospital, mas fechado pela nossa incúria, também conhecida por uma misteriosa e perigosa "legionela".
Dito de outra maneira: foi um (o nosso) Hospital.
Percursos da memória: Douro - Do Tua ao Côa
Desta vez,
finalmente, VAMOS AO DOURO! Mais acertado seria dizer VOLTAMOS ao Douro, uma
vez que já andamos às voltas pelo seu mundo, mas é agora que saímos para o
caudal imenso para onde fluem as vias que já percorremos, água e ferro.
Vamos ao Douro
ele mesmo, a água violenta entretanto parcialmente domada, o trabalho indomável
do homem que criou os socalcos de vinha, o maravilhoso microcosmos adivinhado
que levou ao aparecimento da primeira região demarcada vinhateira do mundo como
tal, em 1756. As suas características e beleza únicas levaram ainda a UNESCO a
torná-la Património da Humanidade em 14 de Dezembro de 2001, como paisagem
cultural.
Vamos ao Douro
de ferro, à sua via de 129 anos a fazer em Dezembro, e que como todas as linhas
férreas nasceu da necessidade de abrir novos caminhos, para além do rio, de
transporte das gentes, acesso e escoamento de produtos, importância acrescida
pela internacionalização. Mas o declínio económico chegou também aqui e, em
1984-85, a Espanha encerra o tráfego ferroviário entre La Fregeneda e Barca
d’Alva e em Portugal é encerrado o troço entre Barca d’Alva e o Pocinho a 18/10/1988.
Os espanhóis mantiveram a linha desativada com categoria de monumento e Bem de
Interesse Cultural, com inspeções regulares, enquanto o troço português foi praticamente
abandonado até agora. Em Espanha foi já prometida a reativação da linha até
Barca d’Alva, em Portugal paira a ameaça de encerramento da Régua ao Pocinho…
Vamos ao Douro
de água e pedra desenhada, ao Côa, onde foi possível desencantar a sensibilidade
e senso suficientes para impedir a construção de uma barragem em favor de umas
gravuras que, em grande número, povoavam as penedias de xisto do vale, também
ele belo e misterioso, constituindo apenas o “maior museu de arte rupestre ao
ar livre” conhecido, datado do Paleolítico superior. Perante dificuldades e
entraves, conseguiu classificar-se o monumento, que viria a ser acolhido pela
UNESCO como Património da Humanidade, considerado “o mais antigo registo
de actividade humana de gravação existente no mundo”. Foi criado o Parque
Arqueológico do Côa e construído o Museu de Arte e Arqueologia do Vale do Côa,
vocacionado para a investigação, preservação, valorização e divulgação desses
testemunhos e do património, objetivos da Fundação Parque Côa.
O Percurso começa em Foz Tua, viajando de comboio até ao
Pocinho. Aí a linha em uso acaba (ali começava a do Sabor...). Continuaremos a pé desde o Pocinho até à
estação de Foz Côa, e à estrada, onde o transporte nos conduzirá até à vila.
Aí, após o almoço, nos esperará uma visita guiada ao Museu do Côa, uma vez que
a visita às gravuras criaria um cenário incompatível com o formato, duração e
participação do evento. Enalteceremos assim os três patrimónios percorridos,
que bem poderiam ser integrados num só, o Douro uno e indivisível, um conceito
de rede de vias e paisagem, de beleza e equilíbrio ímpares, que não se podem
separar. Para trás deixamos três dessas vias, e parte de outra, perdidas. Com
isto pretendemos também chamar a atenção para o conjunto que se perde e para o
que pode, e deve, ainda ser recuperado!
segunda-feira, 18 de abril de 2016
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