sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Lembrar Camilo de Araújo Correia

Camilo de Araújo Correia



          Faz hoje, dia 30 de Outubro, oito anos que morreu Camilo de Araújo Correia.
                          


             
              Camilo de Araújo Correia, filho do escritor João de Araújo Correia, nasceu no Porto em 1925, mas vive na Régua desde os três anos. Aí fez a instrução primária na escola oficial e o 1º ciclo do liceu no extinto Colégio Reguense. Completou o curso nos liceus de Lamego e Vila Real. Frequentou depois a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde viria a formar-se em 1953.
Enquanto estudante de Coimbra, viveu sempre em república (o Palácio da Loucura) e despertou para a literatura, colaborando nos jornais académicos da época — A via latina, A Briosa e o Pagode.Em 1961 foi mobilizado para Moçambique, integrado como anestesista no Hospital Militar 338, destinado a Porto Amélia. Ajudou a formar e a dinamizar o “Grupo Cénico de Porto Amélia”. Além de ter sido ensaiador, escreveu para um dos espectáculos daquele grupo a revista Atracou o "Troça Nova".


                 Foi médio e escritor, e na melhor definição de A. M.Pires Cabral "um senhor cronista". 

          Foi também Presidente da Direcção dos Bombeiros da Régua (anos 60), onde como seu avô - um bombeiro das velhas guardas - e seu pai - associado e benfeitor - deixaram marcas vivas na edição do jornal "Vida por Vida", no engrandecimento da Biblioteca Dr. Maximiano Lemos e na existência do Museu dos Bombeiros-Drº João de Araújo Correia. .

             Deixou publicado estes livros: Elogio do Dr. António Fonseca Almeida, Histórias na Palma da Mão, Coimbra Minha, Livro de Andanças, Na Rota do Sal; Médicos, doentes e outras gentes, Coimbra, outra vez, Quarenta Anos de Gás, No Centenário de João de Araújo Correia, Porta com Porta, Histórias do Fim do Ano, A prisão de cristal e Crónicas do meu vagar.

          Camilo de Araújo Correia é um Amigo inesquecível e um Reguense com uma alma Duriense:



"O Douro estará sempre mais ou menos "vivo e achado" conforme os durienses estiverem mais ou menos atentos ao futuro que começa no fim de cada vindima."


"Quanto ao aspecto paisagístico... Bem, a paisagem aí está desde o princípio do mundo, agora marcada pela mão do homem, por vezes de maneira bem comovente."


Camilo de Araújo Correia in "Eito Fora"

1 comentário:

  1. E esta ,,,,sim .uma bonita forma "comovente " de lembrar ...
    Dr .Camilo de Araújo Correia ...um verdadeiro,
    senhor ...
    de nobres gestos ..ilustre..simplicidade...
    Um "maravilhoso" ...coração "DURIENSE "....

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