terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Sombras do presente

Foto: josé alfredo almeida


vejo-te como uma palavra a quem ainda não se deu um nome
uma altíssima constelação
cega do peso todo da noite

e no entanto quero abraçar-te
render-te nas minhas mãos e contar-te os lugares onde fui ver
se o mundo era apenas um búzio fechado
revela-te abre uma boca no teu rosto e diz-me
se és rosa papel argila ou pedra
que eu estou cego e já não vejo para além
da luz inicial da paixão.

daniel gonçalves

1 comentário:

  1. Um bonito poema , intenso,
    repleto de "emoções" , com uma suave nostalgia ,
    gostei muito..

    Gostei muito..

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