sábado, 30 de novembro de 2013

Avenida dos Plátanos




Aqui começam todas as minhas histórias:esta é a avenida dos plátanos que me deixou partir e me traz de regresso  à procura  das memórias que ficaram presas no sorriso da criança que, numa tarde quente de Agosto, deixou  fugir no céu imensamente azul, a sua estrela de papel construída com o carinho e a habilidade  do avô Saraiva, homem sábio  que não sabia ler nem escrever,  mas que me  ensinou  a olhar a vida com a sua humildade e os valores morais mais preciosos para ser um homem. Não sei se com ele aprendi tudo, mas sei que aprendi as coisas simples e  importantes que não se ensinavam na minha escola primária.
Aqui estão às minhas memórias: nós somos o que lembramos e esquecemos e  ao voltar a elas podemos reconstruír o nosso passado. Mas, que me dera reconstruir esse brinquedo da minha infância, a estrela de papel  do meu avô e de a poder lançar, outra vez, a voar num céu infinito.Para que ele possa  saber,  que tudo valeu a pena!

José Alfredo Almeida

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