sexta-feira, 31 de julho de 2015

Ver os comboios

Foto: josé alfredo almeida


Régua, Cais da Estação da Régua: uma vista  do belo e bom restaurante Castas e Pratos para os comboios parados no tempo da  linha do Corgo que foi  recentemente fechada.
É um património que se perde e mete pena ver assim abandonado.

1 comentário:

  1. Ver em fundo, infelizmente, a dolosa e metodicamente infligida ruína do transporte ferroviário em Portugal. Em fundo, lá atrás, os restos, alguns restos, de um tempo em que a ferrovia foi tão importante, numa região onde deixou marcas únicas de raríssima beleza, de dedicado trabalho e de arrojo de engenharia. E de onde desapareceu indigna e aflitivamente e sem deixar alternativa verdadeiramente digna desse nome.

    Mas nada disso vale hoje o que seja.

    O povo, embrutecido, confunde - e militantemente o faz - o antigo com o imprestável. O tempo que passa pelas coisas não lhes confere dignidade, antes as faz velhas (no mais pejorativo sentido que se possa dar à palavra). Não se preserva nem se moderniza, no respeito pela história. Destrói-se. A alegada elite que alegadamente o governa, ao povo, manobra impune e despudorada entre o nepotismo, ou clientelismo, os negócios acima da lei.

    O país paga. O caminho de ferro do Douro e de Trás os Montes (e de todo o lado) paga. Apaga-se a História (afirma-se por aí largamente, um ramo essencialmente inútil do saber, nestes tempos de "empreendedorismo"; excepto nas versões politicamente correctas do que - e nesses precisos termos - interesse fazer preservar).

    Mas parece que estamos muito bem assim.

    Costa

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