domingo, 28 de junho de 2015

À espera do táxi



                             Régua, Largo da Ponte,  1945


Esta fotografia parecer que nos quer contar uma história, a vida da mulher que aqui está  retratada. 
Pode não  contar a  sua vida  inteira, mas s quando olhamos  o rosto desta mulher ele revela mais que um momento de pausa na sua eternidade.
Aquele sorriso  desta  mulher  nada revela de si  e muito muito pouco do lugar onde se deixou fotografar. Ela é uma desconhecida para nós, mesmo que  tivesse deixado disponível uma  biografia. Nada sabemos desta mulher e  que podemos dizer dela é o que a fotografia nos permite. 
Desta mulher, podemos dizer tudo ou nada, mas a vida de alguém desconhecidpo  que  ficou retrada numa fotografia e sempre um mistéruio dificil de desvendar. 
Se calhar, se fizemos buscas  na conservatória do registo civil podíamos  ficar a saber  um pouco  da sua  existência,  a começar pela leitura do assento do seu nascimento e, se algum vez,  contraiu matrimónio civil ou religioso,  e se foi progenitora e, por fim, relendo a sua certidão de óbito, saber  o dia exacto em morreu e o cemitério que escolheu para ser sepultada. 
Acredito que  com estes papéis,  apenas  conseguiriamos identificar esta mulher, mas pouco mais  saberiamos da sua personalidade,  da sua vida e o seu nome continua a permanecer  obscuro.
É muito difícil refazer a vida de quem desconhecemos, quando nem o nome desta mulher sabemos. 
Assim, para abreviar, esta fotografia   diz  apenas que  esta mulher esteve no  Largo da Ponte (hoje conhecido como Largo 25 de Abril), no ano de 1945.
Pouco mais diz a fotografia. Mas, esta esta mulher de um discreto sorriso parece que nos convida a  viajar com ela ao passado da Régua e revisitar um tempo de memórias que não conhecemos. Bem gostamos de partir em busca desse tempo, mas  não temos à espera um velho carro de aluguer para nos levar ao reeecontro daquela mulher que, certamente, teria uma bela história de amor para nos revelar.
Não podemos viagar  para o passado de quem não conhecemos. Essa mulher  ficou parada no  seu tempo, fotografada junto à um carro de aluguer.Se calhar à espera do choffer que a fosse buscar ao Largo da Ponte, na Régua, parra sair para fora daquele longínquo e esquecido ano de 1945. 
E algum seria o seu destino, mas não o podemos advinhar. 
Naquele olhar daquela mulher não  vislumbra alguma pressa de partir nem de chegar apressadamente ao futuro. 

  
José Alfredo Almeida

4 comentários:

  1. Uma história ...para contar ...relembrar....
    ou mesmo ,,
    tentar reviver !
    Porque não ?

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  2. Neste caso não se trataria de Táxi mas sim de carro de praça de aluguer.

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  3. Maria Josefina ventura23 de setembro de 2017 às 23:42

    Venho desvendar o mistério de quem foi esta Senhora ,Chamava-se Josefina May de Barros Figueiredo Morgado ,foi casada com António Júlio Correia Morgado ,foi mãe de sete filhos ,inclusivé nesta foto estava grávida da segunda filha ,que sou eu Maria Josefina Morgado Ventura .Nesta data da foto a minha mãe não estava a entrar para nenhum taxi sendo que o carro e ra de aluguer que meu avô paterno tinha Victorino Correia Morgado que morava ali no largo da Ponte por cima da casa Carvalho .Posso ainda dizer que foi uma grande senhora conhecida por muita gente ,de família nobre daquela época (sobrinha de Dr. Caetano de Barros Poiares ),advogado morador no palacete hoje a Biblioteca da Régua . A minha mãe nasceu em Coimbra ,depois do casamento viveu na Régua e depois Poiares ,ate 1988,data da morte de meu pai ,tendo ido viver para o Porto os ultimos 20 anos ,tendo falecido em Maio de 2007 ,e estando sepultada juntamente com meu pai no Cemitério de Peso da Régua .Fiquei contente por ter esclarecido a quem lê e obrigada pela recordação ,Maria josefina Ventura .

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