domingo, 16 de julho de 2017

Quase um poema de amor



"pedi tanto a Deus para esquecer... 
para esquecer de mim, para esquecer de ti... "

uma carta de s.



Passo bem sem a luz dos teus olhos. Luz da minha vida...
Os teus beijos, o que têm os teus beijos que me impedem de pensar?
Acabaram as promessas.
As discussões acesas e as pazes.
O tempo que nunca tens para me veres de verdade.

Não me digas por favor, que eu não vou saber viver e que mais ninguém me vai amar, como tu.
Tantas vezes acabamos...
E depois as promessas e os beijos.
Os teus beijos de feitiço que não me deixam pensar...
Eu volto, volto sempre a acreditar.
E tu não me vês,
mais uma vez não me ouves.
Não te perguntas, se o que eu quero é aquilo que tu queres.
Mas eu só te quero a ti.
Tão meu.
Tão meu amor...
Tu,
a liberdade.
O estar e o partir.
O pavor do compromisso.
Acabou. Ponto final.

Ah, os teus beijos... Como vou viver sem eles.
Sem a luz do teu olhar, o teu sorriso, o incêndio na palma das tuas mãos?
Acabou.

Não há mais nada a dizer, meu amor, meu amor...


Ana de Melo

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