Foto: josé alfredo almeida |
E, contudo, é bonito
O entardecer,
A luz poente cai do céu vazio
Sobre o tecto macio
Da ramagem
E fica derramada em cada folha.
Imóvel, a paisagem
Parece adormecida
Nos olhos de quem olha.
A brisa leva o tempo
Sem destino.
E o rumor citadino
Ondula nos ouvidos
Distraídos
Dos que vão pelas rua caminhando
Devagar
E como que sonhando,
Sem sonhar
Miguel Torga
Sem comentários:
Enviar um comentário