quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Ler o rio

Foto: josé alfredo Almeida

O meu olhar da Régua, hoje ao  amanhecer junto ao rio, às 6.30 horas... 



De nadas fiz o todo dos meus dias
E dei à vida a freima de a viver
Inutilmente, embora, quis honrá-la
Como se de um sagrado dote se tratasse.
Agora, posso ter a paz cansada
De quem lucidamente foi fiel
Ao seu destino:
Impuro, a oficiar nas aras da pureza,
Sonâmbulo, a tactear a natureza,
E agonizante já deste menino

Miguel Torga

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