quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Cartas de Camilo de Araújo Correia





    Dez Cartas de Camilo de Araújo Correia a Otílio Figueiredo
    (Nota introdutória de A. M. Pires Cabral)

    Edição: Grémio Literário Vilarealense/Câmara Municipal de Vila Real, 2008




"Dois homens frente a frente. É certo, na letra deste trabalho, só um deles fala; o outro escuta. Na verdade, e a rigor, trata-se de cartas que um (Camilo de Araújo Correia) escreveu ao outro (Otílio Figueiredo). Mas essas cartas tiveram um pretexto, todas elas. O que significa que, de algum modo, se usarmos a imaginação, ambos são emissores e receptores ao mesmo tempo e que é a um confronto amável entre os dois que assistimos aqui.
As dez cartas que publicamos em seguida foram escritas entre 7 de Janeiro de 1979 e 13 de Julho de 1987. Oito dessas cartas têm por fim acusar a recepção de livros enviados por Otílio Figueiredo. As duas restantes são uma de agradecimento, outra de felicitações. Por tanto cartas também ditadas pelas boas normas da convivência civilizada., que Camilo de Araújo Correia cultivava de forma cavalheiresca.
(...)
Uma das preocupações de Camilo de Araújo Correia, nas suas cartas - e conhecemos dezenas delas-, era a fuga à vulgaridade. Não sei limitava nunca a palavras de circunstância; pelo contrário, fazia questão de dizer algo que não pudesse ser tomado como simples cortesia, e de o dizer de modo agradável, lançando mão daquela graça subtil que nele era natural como o canto nas aves e daquela dilatada cultura geral que possuía. Por outras palavras, Camilo de Araújo Correia esforçava-se por dar prazer ao destinatário das suas cartas, não só usando um português apurado, bebido na fonte clara do exemplo do seu Pai, como derramando sobre elas pérolas dum espírito de finura inigualável."

A. M. Pires Cabral 

Sem comentários:

Enviar um comentário