Foto:josé alfredo almeida |
Douro, porque não és sempre dia? Por que
motivo oculto te escondes, por detrás do escuro ciumento, como criança a fugir a
castigo? Quem há-de apaziguar as minhas insónias? Quando abro a janela do meu
refúgio, não vejo cores, nem luminosidade, nem movimento. Não me sobrevoam o
espaço garças em voo planado que rasam
céus durienses. Apenas vejo o rio e os montes pirilampampados, dando sinais de
vida. Tenho de esperar um novo dia para te re- viver, para te re-sentir, para
te respirar. A insónia persiste. Parece querer atrasar maquiavelicamente o
re-nascer do espectáculo do assombro desmedido.
Douro. Sou teu e tu és os meus pergaminhos,
a nobreza da minha genealogia, as credenciais com que posso enfrentar homens de
outros paraísos. Tu me deste a vida. Tu ma tirarás. Entretanto, deixa-me
jurar-te a minha fidelidade.
Vila
Real, 9 de Setembro de 2016
M.
Hercília Agarez
..PERGAMINHO "ESTE" ...
ResponderEliminarINTENSO..!!
PODER :::DIVINO...ETÉREO ??
MARAVILHOU..ME ...