terça-feira, 11 de março de 2014

Cavaleiros da Esperança





Nos 18 anos de actividade como dirigente do órgão executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, 12 dos quais como Presidente, tive ocasião de conhecer de perto a maioria das associações e corpos de bombeiros, filiadas na Confederação, em todo o território nacional.
A vida e a história destas instituições funde-se com a memória colectiva dos lugares e das gentes que, por sua livre iniciativa, as criaram. E esta é a sua maior riqueza social, cultural e humana, expressa no serviço público que prestam às comunidades onde se inserem.
Entre as associações humanitárias de bombeiros com que contactei no desempenho da minha missão como dirigente da Liga, destaco a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Régua, em especial no decorrer do meu último mandato.
A razão é simples; nesta casa encontrei o que de melhor a instituição dos Bombeiros tem na sociedade portuguesa, isto é, solidariedade, espírito de missão e de serviço público, memória histórica e camaradagem.
A organização do 41º Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, que reuniu na Régua de 28 a 30 de Outubro de 2011, constituiu a confirmação dos valores anteriormente referidos.
Mas as instituições não são apenas elas e as suas circunstâncias. Elas são também o produto do empenho, inteligência e audácia dos homens e mulheres que as servem. Por isso destaco também a qualidade da equipa que ao longo dos anos tem dirigido esta associação. Neste particular, destaco a figura do Dr. José Alfredo Almeida, um dirigente da nova vaga das lideranças dos bombeiros portugueses, homem com particular sensibilidade para a problemática do associativismo e do voluntariado, visto numa óptica de modernidade sem perder de vista a sua memória histórica.
Quero ainda sublinhar a postura exemplar do corpo de bombeiros desta associação, liderada pelo jovem comandante António Fonseca. Também nesta matéria esta associação constitui um bom exemplo.
Face a tudo o que fica dito e na ocasião da comemoração do 132º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Régua, não quero deixar de saudar esta prestimosa instituição, todos os que a servem e a população que constitui razão de ser para a sua existência.
Confrontados com as dúvidas e perplexidades da hora presente e que nos interpelam, muitas vezes de forma dolorosa, importa reforçar as estruturas dos bombeiros portugueses e promover os seus valores de sempre. 
Os Bombeiros de cada terra do nosso país são portadores da esperança e do espírito patriótico que nos ajuda a acreditar num Portugal melhor, mais justo e inclusivo.

Duarte Caldeira

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