Foto:josé alfredo almeida |
A natureza nunca nos engana: somos sempre nós que nos enganamos.
J. J. Rousseau
Não, não é de
Corot. A natureza não assina os seus quadros pela simples razão de que é
inimitável. Ao estaticismo opõe o dinamismo, o movimento, as sugestões
sensoriais. A vida.
Magia. Deslumbramento,
sublimidade. Surpresa? Não para mim, a quem os anos familiarizaram com a
versatilidade, as habilidades, as tropelias com que a nossa Terra Mater nos
brinda. E é um nunca acabar de combinações de elementos: montes e planícies,
montanhas e planaltos, mares e rios e riachos. E céu, e sol, e luz, e cor, e
sombras. E nuvens, e arcos-íris, e
estrelas, e… e….
De simples esboços
a preto e branco, a lembrar principiantes-aspirantes a pintores, a uma
complexidade de harmonias. Brilho e opacidade. Claro e escuro. Mutações
inesperadas. Não há previsões meteorológicas que intimidem esta artista.
Aqui e agora, neste
Douro lindo, neste Douro-Nosso, que posso acrescentar sobre esta imagem?
Apetece-me soltar mais palavras, como se lançasse ao ar balões coloridos, destinados
a aterrar nas miudinhas ondas do rio. Se o fizesse, seguiria um impulso
assumido por Agustina: “[…] algumas juntam-se, correm umas para as outras, para
se abraçarem”.
M. Hercília Agarez
..Sublime..MOMENTO ESTE !!!!
ResponderEliminarOs abraços ternos da natureza. Os abraços das palavras,
ResponderEliminarque muitas vezes nos envolvem e tocam mansamente.