segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O que já fomos

Desenho de Margarida Almeida



Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começámos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo,
tu és ainda o meu relógio de vento,
a minha máquina aceleradora de sangue,
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti

o nocturno passeio do gato no telhado?



Isabel Meyrelles

1 comentário:

  1. Parece que o tempo.."se esvai "....
    E tudo..o que foi ...não é mais ??
    ..Sempre aquela réstia de esperança....permaneça..
    E O AMOR ..SOBREVIVA :::::!!!

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