Foto: josé alfredo almeida |
Sol. O astro rei desceu do trono.
Dispensou mordomias celestes. Cansou-o a solidão das alturas. Hoje, em vez de
recolher ao seu palácio, desafiou o destino, qual Prometeu. Olhou fixamente
para uma natureza longínqua onde convivem fraternalmente seres de outros reinos
acariciados pela sua luz. Apeteceu-lhe
um abrigo simples, aconchegante, clandestino. Foi dar a este ninho. Folhagem
lho preparou. Folhagem o protege. Parece uma moeda de ouro, mas ninguém chegará
a essas alturas, para a roubar. São franzinos mas atentos, os guarda-costas.
Inclinam-se como quem faz vénia a sua majestade. Há-de embalá-lo, o vento.
Dormirá como um anjo.
Estará algum artista por perto? Ou
será perdido este quadro singular e instantâneo, perdida esta visão pictórica e irrepetível?
M. Hercília Agarez
E o Sol , sentiu.se .Só ..
ResponderEliminardesceu ,, abrigou-se ...e brilhou ...
em segredo .........belo ...radiante !
Uma bela fotografia ...