Está é a Régua dos anos 40: dois sorrisos femininos bonitos que, no muro da Avenida João Franco, com uma margem rio desordenada e suja e, ao fundo, o desenho das pontes, onde também sobressai o casarão da grande casa comercial que foi a Viúva Lopes, desaparecida num incêndio em 1953, pousam para um retrato familiar, mas que, para nós, assinala um tempo antigo que passou, e hoje é agradável rever e recordar.
Desde então, a Régua que aquela fotografia mostra, muito mudou, e mais mudou aquela avenida, onde se avista o nosso grande rio....embora o muro que se debruça para o cais ainda seja o mesmo. E, na verdade, também se diga, que muito mudou em toda a cidade, sobretudo na a sua relação e vivência com o rio que traz grandes barcos com turistas de todo o mundo.
Mas, para sempre, para mim ficaram-me aqueles sorrisos felizes que esta fotografia guardou para a posteridade. Certamente, fixo mais o sorriso daquele bonita jovem que parece estar a olhar para o nosso presente. Não sei quem são aquelas mulheres, e desconheço os seus nomes, mesmo suspeitando que são de uma família importante, estou convencido que elas marcaram o quotidiano reguense e que, à sua maneira, fizeram parte da história de uma Régua esquecida, sem memória, e ainda por contar.
E eu, sem saber de mais nada, gosto mais daqueles sorrisos.
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