terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Somos os ramos

Foto: josé alfredo almeida


Dói-me a memória da vinha
e o meu pai, ainda.
Aberta a lua sobre as pedras, Insípida
Virá o inverno
Virão certamente os olhos de prata

Por isso não me demoro
sobre este muro de codornizes,
seu voo insípido

Ponho à volta da casa
um colar de silêncio.

António Cabral

2 comentários:

  1. Magnifica ..esta fotografia!
    esplêndida ..

    ResponderEliminar
  2. Um lindo poema, apesar de emanar uma certa nostalgia...e a dar-lhe consistência, uma magnífica foto da árvore despida numa paisagem indescritivelmente bela.
    Parabéns! :)

    ResponderEliminar