segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Minha terra, meu berço, meu poema…

Foto:josé alfredo almeida


O Douro,
silêncio que nos intimida,
geologia de emoções!

Os socalcos,
são altares dum santuário,
em talha dourada,
desenhados e esculpidos,
num pacto com a Arte!

O rio,
caudal de intenso azul,
corre sem parar,
a espelhar a beleza das margens,
até à vastidão do mar…

O verde,
o azul,
cores e movimentos,
sons e cheiros,
a uvas,
a rosmaninho e a urze.

O Douro,
páginas da História,
escrita com o suor e o trabalho,
dum povo genuíno, valente e firme.

O Douro,
prodígio de uma beleza embriagante.
Do xisto,
o milagre das videiras.
Das uvas,
o néctar dos deuses,
nos cálices de todas as paixões…

Façamos um brinde:
-Ao povo,
-Ao rio,
-À nossa essência,
-À Vida!

Porto, 31/08/ 2014
Ana Freitas

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