Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos
olhos.
(O Principezinho)
Nas tardes de
Verão, enquanto o calor não arrefecia os caminhos que mais tarde o levariam ao
rio, para jogar à bola nas suas margens e nadar,
entretinha-se a ler, esquecia-se do tempo até os amigos impacientes de tanto esperarem, acabavam por ir bater à sua porta.
Houve uma altura, em que sonhava que um dia iria trabalhar numa biblioteca,
com uma mesa imensa, igual à da biblioteca dos Bombeiros Voluntários.
entretinha-se a ler, esquecia-se do tempo até os amigos impacientes de tanto esperarem, acabavam por ir bater à sua porta.
Houve uma altura, em que sonhava que um dia iria trabalhar numa biblioteca,
com uma mesa imensa, igual à da biblioteca dos Bombeiros Voluntários.
Gostava de livros de aventuras e de banda desenhada,
mas também dos outros, dos que falavam de sentimentos duma outra forma, e de vidas parecidas e também tão diferentes da sua e das pessoas que o rodeavam.
Aprendeu que o mundo era maior, do que imaginara...
Soube que ser médico, era muito mais do que auscultar e receitar remédios. Através de João Semana, nas Pupilas do Sr. Reitor.
Viajou até uma pequena vila de pescadores
onde uma Pérola foi encontrada...
Lamentou Romeu e Julieta.
Assistiu ao Crime do Padre Amaro.
Aprendeu a “dançar” com Zorba o Grego.
Com os Flagelados do Vento Leste, soube da seca. E sentiu que era afortunado.
No Mar morto, viu Lívia a navegar no barco do seu amado, (um pescador que o mar levou) para garantir a sua subsistência).
Amou Lívia pelos seus olhos claros, pelos cabelos negros e pela sua coragem.
Num Verão em que foi de férias para a praia, encontrou-a em forma de criança.
-Como te chamas?
-Alice.
-Podias chamar-te Lívia. Disse ele.
Ela sorriu.
Nesse Verão o menino não leu nenhum livro.
Esteve muito ocupado a ouvir Alice a falar dos encantos e dos perigos do mar, a vê-la saltar as ondas, com a mesma destreza com que Lívia enfrentava o mar, no final do livro.
A guardar o olhar de Alice.
Ana de Melo
E tantas coisas o menino descobriu, lendo.
ResponderEliminarA menina que se chamava Alice, não sabia quem
era Lívia. E a menina que era real passou a
ser a personagem que o menino iria descobrir.