Foto:josé alfredo almeida |
Marquês escondido
com cabeça de fora. Ar de poucos amigos. De fiscal. Esmerou-se o barbeiro nos
caracóis, à prova de vendavais. Mas o ar carrancudo intimida. Está (ou parece)
zangado. Com quem? Porquê? Talvez lhe desagrade o jardim silvestre ali ao lado
onde ervas daninhas crescem como se fossem adubadas. Deitam as unhas de fora, e
ninguém lhas corta. É o natural da natureza. O direito à vida.
Vamos lá, Sebastião
José. Acalme-se. Sorria. Está no seu Douro, sim, Sr. Ministro. Acha-o muito
mudado? Pudera! Passaram-se só duzentos
e sessenta anos! Mas fique sabendo que, por estas bandas, ninguém ignora o
impulso que deu a este mar de mosto.
Muito antes de uma Srª Dona Unesco, sem qualquer título de nobreza, lhe ter
conferido honra mundial. Vai um cálice de vinho fino? Olhe que este foi
desenhado por Siza Vieira...
Vila Real, 14 de Maio de 2016
M. Hercília Agarez
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