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Foto: josé alfredo almeida |
"Quando fui abordado para falar sobre o homem duriense no encerramento desta feira, fiquei indeciso.(...)O tema corria-me nas veias.(...)Filho, neto, bisneto e tetraneto de obscuros cavadores, carreiros e almocreves, que séculos a fio saibraram, sulcaram e palmilharam as encostas do Doiro, criado a ouvir a crónica deles e a de quantos os acompanhavam na via-sacra - e Deus sabe até que ponto ela era dolorosa - atento, por conta própria, a um destino que sempre me pareceu exemplar no seu dramatismo, como poderia eu escusar-me(...)? (...) E aqui estou a meditar em voz alta na história trágico-telúrica desse herói singular, escrita nas fragas com tinta do suor."
Miguel Torga
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