Foto:josé alfredo almeida |
Viver o absoluto da minha hora porque nada mais ela comporta
Vergílio Ferreira
Não são cores.
São matizes, tonalidades, nuances. Não se impõem distintamente, não dominam.
Fazem o jogo da sedução pela macieza do cromatismo, esbatido em dégradés
mimados a pedirem colo ao rio.
Até o arco-íris, em apagado segundo plano,
qual figurante de filme duriense, quer passar desapercebido. Respeita a
subtileza cromática da tela. De tão contido nos seus cambiantes crepusculares,
não se vislumbra, nas águas, o seu reflexo.
É uma sinfonia de sonoridades suaves, feita
só de andamentos lentos, sem lugar a alegros nem a allegrettos.
Também disto é feita a paisagem. De
momentos de modéstia de luzes e de cores. De soturnidades contagiantes, quiçá a
acenderem em olhos comovidos “uma furtiva lágrima”.
M. Hercília Agarez
Vila Real, 12 de Abril
..A fragilidade do momento..!??
ResponderEliminarO absoluto ..SENTIR "..!!??