quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Eternamente Douro-23

Foto: josé alfredo almeida


"Quem olha para uma videira fica pasmado ao aperceber-se da sua força e resistência. A planta, que nos dá tão delicados frutos e que é enfeitada por recortadas parras e pelas elegante gavinhas que firmamente reconduzem o seu crescimento, é suportada por um caule que pode atinfir um diâmetro de respeito e raízes que chegam a crescer dezenas de metros, à procura do alimento e da humidade necessários.

A videira a quase rudo resiste: a temperaturas infernais e ao maior rigor da invernia (como se diz no Douro: "nove meses de inverno e três de inferno"), tanto cresce em bons terrenos como nos mais arenosos, na lava ressequida de extintos vulcões ou no solo pedregoso, sem terra, dos socalcos do Douro."


Manuel Novaes Cabral in "Territórios do Vinhos" 

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