Maria de Lurdes Pereira Gomes nasce na freguesia de Penajóia, concelho de Lamego, e vai viver para Barrô-Resende, aos 11 anos de idade.
Dedica-se integralmente à “mais difícil e mais simples de todas as artes” – a cerâmica – “mais simples por ser a mais elementar e a mais difícil por ser a mais abstracta.” “… de facto, esta forma de arte é tão fundamental, está tão intimamente ligada às necessidades mais elementares da civilização, que o génio nacional de um povo tem sempre de achar maneira de nela se exprimir”. (1)
Tendo como suporte as técnicas utilizadas desde o período do Paleolítico Superior, a artista procura sempre o impossível, onde produz uma arte requintada mesmo com matéria-prima “grosseira”.
As
peças que a ceramista realiza são acompanhadas pelas técnicas de
modelação: lastra, bola e columbina onde a artista recorre também a
variadíssimas técnicas de decoração: como esgrafitagem (risco), escavado
e colagem, e técnicas de pintura como a escova (raspar a escova e
deixar salpicar o vidro); esponjado (com esponja); Ponteado (pintinhas
com pincel); Pistola.
Materias usados: Argila vervelha, grés branco, vermelho e negro
Pintura: Vidro e pigmentos
Secagem e Cozedura: Depois das peças modeladas estas
ficam vários dias ou semanas expostas à temperatura ambiente a fim de
evaporar toda a água que é aplicada na modelação, são lixadas e depois
são enfornadas e chacotadas (1ª cozedura) a 950ºC. Depois desta cozedura
é que são pintadas e vão novamente ao forno a 1020ºC. E o resultado é
este!
(1) Herbert Read, in Livro de cerâmica de Júlio Resende, da Associação
de Estudantes do Departamento de Artes Plásticas e Design da Escola
Superior de Belas Artes do Porto.
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