A Infância é o sono da razão
A beleza da nudez pura e inocente. A anatomia infantil à solta. Viagem em cavalinho de rosto cabisbaixo. Nega-se a sair do sítio. Faltam-lhe pedais e acelerador. Que importa? Corre ela atrás do tempo, a galope, vai a sítios imaginados. E se chegasse às nuvens? Ainda se não preocupa que o vento lhe desfaça os caracóis. O vestido ficou em casa, reservado para ver a Deus. Vai "num engano de alma ledo e cego". Que fortuna o deixe durar muito.
Fantasia. Ilusão. Um brincar sem perigo, ao pé da porta. À espera de ser mulher, de se preocupar com os cabelos, com as roupas. O cavalinho irá, talvez, para o sótão. A fotografia, essa, para alguma gaveta bafienta onde jazem restos de passado.
Vila Real,30 de Agosto de 2016
M. Hercília Agarez
...Poder ter o mundo nas mãos...
ResponderEliminare sr CRIANÇA..!!!
GOSTEI DESTE EXCERTO...!!!