Foto: josé alfredo almeida |
A nostalgia do
preto e branco. Tal como um poema-que-é-poema a fotografia não descreve,
sugere. Deixa margem à nossa imaginação. As cores estão arrecadadas em nossos
olhos, sempre dispostos a soltá-las. O cinza do rio convoca um azul esverdeado.
No negro das árvores vemos o verde das árvores. O céu está embrulhado em
nuvens, o cais tem sempre a mesma cor. Um cinzento triste os une, só que, para
o primeiro, temos sempre um azul claro na retina. Branca é a casa, em qualquer
circunstância. A tristeza incolor da chuva escapa à objectiva.
A melancolia da
paisagem em dia de chuva, de neblina, de dia zangado, sugere quadro a carvão
feito de pouca luz e muita sombra. No cais não atracam barcos. Ainda se não
criou o turismo de chuva...
5 de Janeiro de 2016
M. Hercília Agarez
O olhar assertivo...
ResponderEliminara nostalgia ...implícita....
..certamente....uma outra forma de OLHAR :::!!!
Belos, o texto e a imagem.
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