Foto: josé alfredo almeida |
Escapou
ao poder desfigurador da neblina, mas tornou-se um equívoco. Um vulto erecto e
majestoso domina, sobranceiro, as alturas. Parece um deus-gigante a que
oliveiras (?) em procissão alinhada, prestam culto.
Ou
será um cipreste, essa espécie funérea feita sentinela fiel de quintas do
Douro, à entrada das quais se perfila ao lado de irmã gémea?
Nada
disso. Quando a névoa se dissipar, surgirá esse ícone publicitário de uma
antiga marca de vinho fino. Mantém-se no cimo agreste, imune a ventos e
tempestades. Protege-se das intempéries com uma capa. Que não reparte, como o
fez S. Martinho.
Assume
o papel de sinalética:
Aqui é o Douro
paraíso do vinho e do
suor;
paraíso dos montes
sobre os montes;
paraíso esverdeado de
oliveiras;
paraíso álacre das
vindimas
António
Cabral dixit.
24 de Janeiro de 2016
M. Hercília
Agarez
Ambiguidade..."clara"...
ResponderEliminarDOURO...encoberto.........aah,inesqucível..."DOURO"!!!