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Foto: josé alfredo ameida |
Deixaram-na
pronta para o renovo mãos sábias, daquele saber camoniano "de experiência
feito". Atravessou meses invernosos paciente, aguardando o primeiro acto
da festa da vinha. Da cepa ressequida, só de aparência morta, brota pâmpano
solitário com ar de vitória. Uma nota de cor. De esperança. De promessa. Outros
virão a caminho. Não falharam a poda, nem a empa, nem a enxertia, essas mãos
nodosas. Do Inverno à Primavera. Na natureza, que não na vida. De tal se
queixam os poetas, desde os quinhentistas.
Referindo-se
ao clássico tema da mudança termina, assim, Sá de Miranda um belo soneto:
[...] Também mudando-m'eu, fiz doutras cores:
e tudo o mais renova, isto é sem cura!
M. Hercília Agarez
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