A casa era
rosa.
Não um rosa
claro desmaiado,
antes um
rosa igual ao das madrugadas,
de rigores,
repletos de
promessas.
O Sol
entrava pelo pátio docemente ao meu encontro, e eu maravilhado e inocente
deixava simplesmente que a vida, como a brisa leve que passava, me tocasse.
Não sei
exactamente o que pensava, ou quais as cores que eu imaginava pintar a tela dos
meus dias,
para além da
ternura que me era oferecida.
Sei de uma
vez, penso que era Maio, de ver um círculo de várias cores, que descia os montes
e atravessava o rio...
E depois
choveu.
Então eu
soube o que era um sonho.
Que era algo
de belo, que podia ter todas as cores, que tocava o sol as nuvens e fazia
surpreendentes riachos nas ruas onde os meninos navegavam com mestria barcos de
papel.
Dentro de
mim, uma certeza.
Os meus
sonhos teriam todas as cores.
Ana de Melo
Sonhos de todas as cores...
ResponderEliminarSonhos de criança...
Um bonito poema....