Foto:josé alfredo almeida |
Lampião à moda antiga, a lembrar os bairros de Lisboa. A solidez bonita do ferro forjado. A elegância da funcionalidade. Altura convida a pontaria de pedras vândalas. Venham os inatingíveis candeeiros de betão. A condizerem com a modernidade arquitectónica.
Calçada à portuguesa. Criada por portugueses para portugueses. Exportada e admirada. Uma ciência paciente e ancestral de criar arte para pés pisarem e olhos distraídos ignorarem. No passeio o desenho em calcário de uma parra. Óbvio.
O rio faz prova de força, de poder indomável e intransigente. Invade um reino não seu. Mete o bedelho onde não é chamado. Peão sozinho. Ou enganou-se na rota?
Quase se esgota a gama da cor cinza. Nuvens altas e baixas. Umas no seu lugar, outras descendo em busca de novidades. Quebram a monotonia triste uns tufos de verdura enraizada nas águas nervosas. Calmos. Acostumados. Imperturbáveis.
O Douro. Num dos seus dias de má disposição...
Vila Real, 17 de Abril de 2016
M. Hercília Agarez
Saborear estas palavras...
ResponderEliminarUm momento ..que eu gosto !!
A fotografia ..tão "ajustada"...
PARABÈNS ...apraz-me dizer..aos autores ...