A nossa Régua, em 1900...
Era já assim a mais bonita rua da nossa, hoje conhecida por Rua Ferreirinha, em homenagem à grande mulher do Douro, a vitivinicultora, empresária e a benemérita D. Antónia Adelaide Ferreira.
A rua da Ferreirinha ainda conserva a arquitectura destes grandes palacetes e casarões com aqueles enormes sótãos e janelas, onde as andorinhas fazem os seus ninhos debaixo das varandas.
No palacete que pertenceu à família do advogado Costa Pinto e, depois, à dos Barretos está instalada hoje a nossa Biblioteca Municipal.
No palacete que pertenceu à família do advogado Costa Pinto e, depois, à dos Barretos está instalada hoje a nossa Biblioteca Municipal.
Em noites de calor do verão gosto de passear pela rua da Ferreirinha. E, não raras vezes, volto quase num breve instante, ao seu passado para me lembrar dos antepassados que aqui tiveram o seu lar e, se me fosse possível, sentir ainda o cheiro do sal e da sardinha que abundavam nesse tempo nos negócios dos vareiros de Ovar e de poder ouvir a voz dos galegos que vieram ganhar a vida para Douro e aqui ficaram, fizeram família, deixaram filhos e os lucros dos seus negócios.
Lembrava o escritor João de Araújo Correia que os reguenses não podem esquecer que nas suas veias e artérias tem a correr o sangue vareiro e o sangue galego.
Grande verdade que o escritor escreveu nos seus livros para não esqueceremos as nossas origens e saberemos que foram aqueles primeiros povoadores que deram o ser a nossa terra e que, de alguma forma, lhe traçam o seu futuro radiante no mapa da região como um lugar importante e conhecido, o tornaram num balcão comercial, onde venderam os vinhos generosos e outras mercadorias essenciais à vida de um pequeno burgo que aumentava depressa o seu número de almas.
Grande verdade que o escritor escreveu nos seus livros para não esqueceremos as nossas origens e saberemos que foram aqueles primeiros povoadores que deram o ser a nossa terra e que, de alguma forma, lhe traçam o seu futuro radiante no mapa da região como um lugar importante e conhecido, o tornaram num balcão comercial, onde venderam os vinhos generosos e outras mercadorias essenciais à vida de um pequeno burgo que aumentava depressa o seu número de almas.
Volto a esta rua da Ferrerinha, uma ou outra vez, para olhar um simples vaso de sardinheiras que encontro a embelezar algumas varandas destas velhas casas, onde morou muita gente com nome, distinção social e, na verdade, com um grande amor a esta terra.
Como é ´"encantadora" a ternura ,
ResponderEliminarque o Autor ,nutre ..por momentos , seus ,...
e os revela ...com , carinho e sinceridade !
Ao meu amigo , com a minha estima ...
parabéns !