Foto: josé alfredo almeida |
A viver uma crise na viticultura, com uma notória degradação dos preços dos vinhos, o Douro está conhecer mais uma reforma institucional que vai alterar de forma significativa a Casa do Douro, a instituição que desde que foi crida em 1932 representava os lavadores durienses.
Extinta a natureza pública da Casa do Douro a 31 de Dezembro de 2014, o Governo abriu um concurso público dirigido às organizações de direito privado e sem fins lucrativo interessadas em ficar com a gestão da instituição duriense.
Apresentadas a concurso duas associações, o Ministério da Agricultura e do Mar decidiu no dia 27 de Maio do ano corrente atribuir a sua gestão da antiga Casa do Douro a uma associação denominada Federação Renovação do Douro.
Assim, esta associação privada terá legitimidade para representar os lavradores do Douro, mas a sua representatividade limita-se a 29,3%, isto é, a um universo de 28% dos viticultores e 33,2% da área de vinha da Região Demarcada do Douro.
Parece-me muito pouco e, com um problema acrescido, de não haver obrigatoriedade de o lavrador ser um seu associado.
Como diz o Prof. Gaspar Martins Pereira" os tempos são outros", mas os lavradores do Douro, sem poder organizativo e reivindicativo que os una e, sobretudo, os defenda das crises cíclicas e tenha uma voz forte no sector interprofissional da vinha e do vinho, estão confrontados com um tempo de incertezas e com este " imprevisível" novo modelo associativo.Assim, esta associação privada terá legitimidade para representar os lavradores do Douro, mas a sua representatividade limita-se a 29,3%, isto é, a um universo de 28% dos viticultores e 33,2% da área de vinha da Região Demarcada do Douro.
Parece-me muito pouco e, com um problema acrescido, de não haver obrigatoriedade de o lavrador ser um seu associado.
Com uma enorme dívida de 160 milhões de euros ainda para pagar, sem um projecto inovador, sem ideias e sem líderes fortes, como aqueles que foram chamados de paladinos do Douro, vozes que se faziam ouvir no poder político, como foi a do Dr. Antão de Carvalho, nesta nova Casa do Douro - se assim se pode dizer - tudo são mais que incertezas e nada se advinha de bom para o futuro da região.
Sem os pequenos lavradores, sem uma organização que defenda os seus interesses, o Douro não pode existir.
José Alfredo Almeida
Sem os pequenos lavradores, sem uma organização que defenda os seus interesses, o Douro não pode existir.
José Alfredo Almeida
Incertezas ....que não terminam...
ResponderEliminarUma injustiça "violenta " para todos os Durienses ...
para o nosso DOURO !
Desilude -me , muito !